profissão ator

Outro dia eu li que a Globo estava com dificuldades para encontrar novos talentos. Não que eles não existam, mas poucos aguentam a intensa rotina da televisão. Nas duas mesas redondas que a Hollywood Reporter organizou com atores de séries dramáticas, isso fica bem destacado. Há inúmeras diferenças entre trabalhar numa série de tv fechada e aberta, mas os dois formatos exigem 14 horas de trabalho diário, mas eles amam o que fazem e são muito gratos por seus papéis na televisão. Ah, sim, eles louvam o trabalho dos roteiristas.

Na primeira entrevista, Claire Danes (Homeland), Emmy Rossum (Shameless), January Jones (Mad Men), Julianna Margulies (The Good Wife), Kyra Sedgwick (The Closer) e Mireille Enos (The Killing) falam sobre os micos em cena, a dificuldade em conciliar trabalho com família, seus trabalhos na televisão, nudez e até o constrangimento de beijar Brad Pitt. Das seis atrizes, apenas Julianna Margulies faz série de tv aberta, e ela exemplifica bem por que seu trabalho é mais complicado e quando ela precisa usar seu status de protagonista para conseguir alguma coisa.

A segunda mesa é com Bryan Cranston (Breaking Bad), Kelsey Grammer (Boss), Jon Hamm (Mad Men), Peter Krause (Parenthood), Damian Lewis (Homeland) e Kiefer Sutherland (Touch). Nem todos estão atualmente em séries extraodinárias, mas vale lembrar que Kiefer e Peter fizeram 24 e Six Feet Under, respectivamente. Os seis falam sobre o que aprenderam nos anos de carreira, as dificuldades de se conseguir um trabalho e a grande diferença entre televisão aberta e fechada. Eles concluem que a televisão evoluiu muito nos últimos dez anos e já mudou a forma de se fazer cinema, e tocam num ponto pertinente: não dá para medir a popularidade de uma série apenas pelos números de audiência.

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